16 dezembro 2009

NÃO FASHION OS OLHOS! Pulseira do sexo

Àqueles que acham que moda é só fultilidade, fiquem antenados quando o assunto for moda, pois algumas que pegam merecem uma discussão maior de todos nós, pelo seus significados. Não devemos mesmo fechar os olhos. Quem imaginaria que simples pulseirinhas, já usadas por nós poucos anos atrás proporcionaria toda essa discussão?
Confira!!!

''Foi o jornal Inglês The Sun que trouxe o assunto para a discussão ao publicar um artigo em que afirmava que nas escolas inglesas os adolescente usam pulseiras coloridas para trocar entre si mensagens de teor sexual.
Essa pulseiras que foram muito usadas nos anos 80, feitas à base de silicone, custam apenas uns cêntimos e existem em variadas cores.
Segundo o jornal inglês, os adolescentes teriam então inventado vários jogos com as respectivas pulseiras, cujo objectivo é sempre o mesmo: ao rebentar uma pulseira duma determinada cor, o rapaz terá direito a reclamar o comportamento sexual da menina, que pode ir desde um abraço ou beijo até a uma relação sexual.
Note-se que não se trata de nenhum tipo de violência, mas de um jogo que é aceite por ambas as partes. Este aspecto é muito importante e confundiu por completo os adultos, pois que para além do jogo em si, muitas adolescentes usam as ditas pulseiras apenas como objectos decorativos.''

''Aqui em São Paulo ainda não ouvi muito sobre o tema, mas, segundo me contou Simone Zelner, em Curitiba os pais e as escolas estão muito preocupados – com certo exagero, dizem alguns. Com custo baixíssimo (certa de 2 reais), a “pulseira da malhação” (também conhecida como “pulseira do sexo” e “pulseira da amizade”) tem tudo para ser um rastilho de pólvora neste verão entre a meninada. Confesso que quando meu filho pediu eu pensei que o nome tinha referência à novela dirigida para o público adolescente e não à malhação de beijos e abraços. Não proibimos, só achamos “diferente” (o pai não gostou muito de pulseira, mas não fez comentários de cara). E ainda me pergunto se a sociedade não está exagerando um pouco na reação, sabem?

O fato é que, se adolescentes usam as pulseiras de forma consciente num código pré-estabelecido no qual cada cor significa uma prática sexual (do abraço ao sexo oral, “selinho”, “beijo de língua” etc), é uma situação que devemos encarar como “natural” nesta faixa etária – e se você não acha natural, vale ler o post da Flávia Penido, que tem um filho de 13 anos, para reflexionar.
Agora com os nossos pequenos, sejam eles pré-adolescentes ou não (o meu de 9 anos não se interessou pela pulseira, foi o de 7 que quis comprar um lote da sua cor favorita, laranja, que representa “dentatinha de amor” no código das cores), acredito que devemos acompanhar sem alardear. Ao invés de proibir veementemente, é o caso de aproveitar a oportunidade para trazer este assunto à tona, tanto no âmbito de seus relacionamentos interpessoais quanto na prevenção de atitudes equivocadas.
Vi uma entrevista com uma psicóloga, Fernanda Gorosito, que afirmava que “a proibição vai causar maior curiosidade. Para as crianças, não passa de uma brincadeira, elas não entendem a conotação do ato. Os pais precisam conversar para explicar que isso pode ser um ato de desrespeito com o próprio corpo”. Segundo ela, a partir dos 8 anos as crianças começam a diferenciar o masculino do feminino e a mostrar sentimento pelos colegas. Por isso alguns chamam um amigo de namorado, ou namorada, sem sequer trocar um beijo.''

Fonte:
http://www.samshiraishi.com/a-polemica-da-pulseira-do-sexo-e-nossas-criancas/