13 agosto 2011

Tecidos de Bactérias

Gente, é muito bacana as pesquias que estão sendo feitas para criação de tecidos a partir de microorganismos vivos.
É o que faz a estilista inglesa Suzanne que Lee desenvolve um projeto chamado  Biocostura. No lugar de teares, ela utiliza matéria orgânica e bactérias. A base para o tecido é o kombuchá. Os microoganismos criam naturalmente um tecido de celulose graças a um processo de fermentação.
O Casaco feito por meio da degradação do chá verde.
No lugar do tecido, chá verde. Em vez de linhas, bactérias. Onde deveria haver uma máquina de costura, tubos de ensaio. É nesses ateliês biológicos que começa a nascer a Biocostura, um método inovador na produção de tecidos. A ideia básica é fermentar chá verde com açúcar usando bactérias que degradam a cafeína. Desse caldo, brotam pequenas fibras que se aglomeram, formando finas placas de celulose com textura semelhante a de um papiro.
Esse protótipo de tecido biológico começou a ser desenvolvido nos laboratórios da faculdade de moda mais famosa do planeta, a Central Saint Martins, em Londres, na Inglaterra.





Mas não é o único esforço na direção de uma moda mais sustentável.

Em Seul, capital da Coreia do Sul, outro laboratório testa a produção de fibras de teias de aranha por meio de bactérias. Os fios das teias chegam a ser cinco vezes mais fortes que o aço e três vezes mais fortes que o Kevlar, além de mais finos do que um fio de cabelo humano. Por isso, são muito procurados pela indústria de tecidos especiais. Como é difícil obter os fios das teias na natureza, já que as próprias aranhas acabam digerindo-as, os cientistas coreanos inserem os genes secretores da proteína da teia de aranha em bactérias comuns. Depois de secretadas, as proteínas são transformadas em fios produzidos em laboratório.

Também pensando em desenvolver tecidos que se adaptassem às variações climáticas que acontecem ao longo do dia, a designer austríaca Sonja Bäumel projetou um casaco feito com bactérias que reagem de acordo com a temperatura da pele, formando fibras de tecido. Lugares mais quentes, por exemplo, desaceleram a multiplicação das bactérias fazendo com que a fabricação de tecidos se concentre nas áreas mais frias do corpo e deixe as mais quentes arejadas. O resultado lembra uma malha de crochê. Apesar de as pesquisas já terem atingido um nível avançado na produção de fibras têxteis por bactérias, ainda não há previsão de quando esse tipo de roupa deve chegar ao mercado. Por enquanto, a experiência ainda tem gostinho de ficção científica, mas não deve demorar para que a ideia se torne realidade.




fonte:Textile Industry